depois de duas músicas calmitas, o vad decidiu convidar os juniper moon para dar um abanão a esta viagem. fomos a castilla-león resgatar o grupo sensação da indie espanhola do início do século. os juniper moon gravaram apenas um álbum, mas atingiram algo de que poucas bandas espanholas se podem gabar: passaram no mítico programa do mítico john peel na bbc radio 1.
Visitei hoje de manhã o complexo das sete fontes, aproveitando a iniciativa do grupo "Salvem As Sete Fontes". Nunca o tinha visitado e isso, admito, deixa-me agora bastante envergonhado. Como é possível, em vinte e cinco anos de bracarense, nunca ter visitado aquele espaço?
Talvez seja problema geracional, mas parece instintivo lembrar o Bom Jesus como exemplo dos espaços verdes de Braga. Sou da geração que assistiu à degradação dos espaços públicos em benefício de um crescimento pouco sustentado. Lembro-me do Parque da Ponte, do leito e margens do Rio Este e do Vale de Lamaçães, por exemplo. O verde foi fugindo pela encosta do Bom Jesus acima, mas até aí tem sido engolido pelo cimento, especialmente por culpa do crescimento da "Favela dos Ricos".
Nos últimos tempos, com a construção do Hospital Privado de Braga, tem-se falado na possibilidade de construir um ou mais viadutos de acesso ao hospital atravessando o Complexo das Sete Fontes. Esta opção urbanística não surpreenderá ninguém que esteja minimamente familiarizado com a história do urbanismo bracarense do último século, mas se o passado serve para alguma coisa é para não voltarmos a cometer os mesmos erros vezes sem conta.
O Complexo das Sete Fontes é um Parque da Cidade em potência, com a vantagem de já existir e unir de forma perfeita monumentalidade e natureza a um passo do centro da cidade. Para além disto, há ainda aqui, e segundo o Sr. Joaquim (apaixonado guia), a melhor água da cidade. Por estas razões, e apesar de parte do espaço ter sido já amputado pelo crescimento urbanístico, o complexo, classificado como Monumento Nacional, merece ser requalificado e posto, de novo, ao serviço da cidade.
Anteontem li David Byrne no ípsilon: "não basta criar apartamentos e estradas (...) a cultura é fundamental. É necessário que as cidades sejam locais onde apetece viver" e "os carros são maravilhosos, mas parece-me que dominam as cidades há demasiado tempo". E ele tem razão, por isso não podemos perder esta oportunidade.
O grupo "Salvem As Sete Fontes", que podem adicionar como amigo no facebook, lançou uma petição "Pela Salvaguarda do Complexo das Sete Fontes" e já ultrapassou as quatro mil assinaturas necessárias. Mas como assinaturas nunca são demais, se ainda não assinaram podem assinar a petição na internet ou em papel na Junta de Freguesia de São Víctor. Assinar e divulgar, claro. Juntos escreveremos, finalmente, uma página bonita na história do urbanismo bracarense.
há uma semana escrevia sobre os exageros da polícia em leiria. hoje, infelizmente, tenho de escrever sobre a estupidez de uma das claques do braga. e, ainda por cima, daquela com quem mais simpatizo.
o estádio do braga tem apenas duas bancadas, cada uma com dois andares. na bancada em que eu e os meus irmãos temos cadeira, a nascente inferior, ficam dois grupos de apoiantes. do lado esquerdo os da equipa visitante, do lado direito uma das claques do braga, os red boys.
à semelhança do que aconteceu há duas semanas frente ao guimarães, a meio do jogo vários elementos dos red boys atravessaram a bancada para ir para a zona que divide os adeptos visitantes dos adeptos do braga. a partir desse momento, apoiantes dos dois clubes trocaram provocações gratuitas e arremesso de objectos mais ou menos perigosos (garrafas de água, cadeiras e isqueiros, por exemplo).
felizmente, a polícia conseguiu resolver rapidamente a situação (e melhor do que no jogo contra o guimarães). ainda assim, há a lamentar a carga policial sobre adeptos do leixões, entre os quais se encontrava uma mulher grávida. resultado: pelo menos um homem de cabeça rachada e uma mulher levada para o hospital.
de realçar ainda o repúdio de grande parte dos sócios do braga que, ao ver que alguns elementos dos red boys se encaminhavam para o local junto da claque visitante, imediatamente se levantaram a exigir que voltassem para o sector deles. não resultou. estranho, ainda assim, que isto tenha sucedido entre os red boys e a máfia vermelha, claques que supostamente têm boas relações.
e isto não é apenas lamentável porque as claques devem servir para apoiar o clube e não para serem milícias, mas especialmente porque, ao fazê-lo, estão a pôr em perigo sócios e adeptos do braga que nada têm a ver com estas guerrinhas sem sentido. isto porque são linha da frente enquanto a polícia não chega e, mal os polícias se alinham frente a eles, atropelam os tais adeptos e sócios num corre-corre de "fujam fujam fujam" (e estou a citar).
é lamentável que isto aconteça, mas é só mais uma entre muitas razões porque sou a favor da legalização das claques. um ultra não é um criminoso, mas o anonimato, como afirma daniel seabra (antropólogo com obra publicada sobre os super dragões), abriga e alicia à prática de crimes de vários tipos. e isso não tem nada a ver com futebol.
hoje há volver na voz de estrella morente, uma música que a maior parte de vós recordará pela voz de penélope cruz no filme homónimo. estrella, galega, canta como se fosse andaluza e se já gostavam da versão da penélope, desta gostarão ainda mais. a música de hoje é sugestão da ana marques gonçalves.
hoje é a bluesy traveler que nos guia pela música espanhola e, para isso, escolheu a cantora galega luz casal, que canta al vuelo. diz que acha a música "linda, tanto a parte instrumental como a letra" e eu, sem lhe pedir autorização, publico os meus dois versos favoritos: "voy a parar en seco / bajo la media luna".
infelizmente, não a consigo colocar aqui no blogger, portanto peço-vos que façam o download aqui e a oiçam a partir do vosso computador.
pedimos desculpa pela interrupção na emissão da volta a espanha em música, mas acaba de nos chegar à redacção uma certeza: os broken social scene estão de volta e vêm com vontade de chegar a melhores do ano. voltaremos a este tema logo que for oportuno. entretanto deixamos para que ouçam a world sick, música que abre o álbum e excelente desculpa para entrar, desde já, de fim-de-semana.
depois da estreia em valenciano, o castelhano ao segundo dia. la habitación roja é um grande exemplo do bom rock que se faz em espanha e cantado em espanhol; bastante melhor, aliás, que a maior parte do rock descartável que tem jorrado de inglaterra.
bem sei que o título é música espanhola, mas espanha não se constrói apenas em castelhano, mas na soma de das muitas línguas e dialectos. por isso, por ter vivido em valència e porque o llevant está na luta pelo regresso à divisão principal, esta série começa com ovidi montllor, um "poeta-cantor" (como lhe chamavam) que fez carreira nos anos 70 e cantava em valencià.
dado o sucesso da série de música belga, garantido pelos elogios das simpáticas bluesy traveler e humildevaidade, decidi dedicar um ciclo do género a outros países.
não vão ser nem ciclos de música do mundo - mas sim uma alguns passeios pela música que se tem feito em alguns dos países espalhados pelo globo -, nem vão ser, obviamente, passeios por toda a música que se faz no país.
ainda assim, mas acho que é capaz de ser giro e, por isso, se quiserem vir, ficam desde já convidados. ah, e tragam música, também!
a primeira paragem, porque fica a caminho, será espanha.
invisíveis sombras entre nós a casa as coisas. invisíveis como a nossa visível obstinação. um pouco de luz nos faz pender para um dos lados. uma luz que não sabemos.
uma luz que invisíveis sombras lança entre nós a casa as coisas e nos faz pender para um lado um dos lados o lado que não sabemos dessa luz que nos conhece.
hoje foi dia de paris-roubaix, a mais bela clássica do ciclismo de estrada. 280km de estradas más, estradas em paralelo e muito pó. é a antítese do ciclismo contemporâneo, que corre sempre em estradas muito limpinhas e em que as montanhas são os grandes obstáculos.
o paris-roubaix é btt com bicicletas de estrada e, por isso, não é para meninos. a prová-lo está, aliás, a alta taxa de desistências que, em 2009, foi superior a 50% (isto em apenas um dia de prova).
este ano, como tem sido habitual, os grandes favoritos eram fabian cancellara (sz) e tom boonen (be). depois da vitória do primeiro em terra do segundo na semana passada (na volta à flandres), esperava-se que boonen respondesse à altura e vencesse pela terceira vez consecutiva.
o belga acreditou que a melhor forma de o fazer era responder à altura a todo e qualquer ataque e assim fez. mas, quando a 45km da meta e num momento de distracção do belga, cancellara sacudiu o grupo em que seguiam e fugiu para a vitória, boonen não teve pernas para o seguir e, no fim, seria apenas quinto, já sem força para sprintar pelo quarto lugar.
cancellara, sempre tranquilo, esperou pelo melhor momento para atacar e, mesmo com 45km por correr, cancellara correu sozinho para uma vitória tão sossegada quanto incontestável; teve até tempo para começar os festejos a 2km para o final da prova.
o suíço, especialista em contra-relógio, não tem medo de correr sozinho e, depois de uma fuga fantástica chegou a atingir três minutos de diferença para os perseguidores, altura em que abrandou o ritmo e se limitou a saborear a mais que previsível vitória (já tinha vencido em 2006).
termino com o convite para a (re)verem aqui a fuga de cancellara.
talvez todos conheçam os dEUS, mas nem todos saberão que eles são belgas. talvez alguns de vós já tenham ouvido falar neles, mas nunca os tenham ouvido. porque hoje termino a viagem pela música belga (porque apesar de ainda ficarem muitas por mostrar, isto tem de acabar algum dia e sete é um bom número para final de ciclo), deixo-vos com a minha favorita.
já se sabia que seria uma deslocação histórica: o braga distribuiu os oito mil bilhetes que tinha pedido ao leiria e foram dezenas os autocarros e centenas os carros que seguiram em caravana. à saída do velhinho primeiro de maio, alguns dos que ficavam pela cidade, despediam-se de todas as camionetas como se em todas elas fossem familiares e amigos destacados para a guerra. muitos de vós julgarão esta comparação forçada, mas tenho a certeza de que os braguistas que a lerem saberão do que falo.
a viagem foi muito tranquila, como é normal nas viagens em camionetas de excursão do clube. fala-se da época de sonho, suspira-se com a possibilidade de o braga ser campeão, sorri-se para dentro ao imaginar a música da liga dos campeões como banda sonora de noites de jogo no axa.
na paragem na mealhada, as camionetas estacionaram onde podiam. ninguém parece saber muito bem quantas eram (as claques pararam na estação de serviço anterior), mas a mealhada nunca foi, tenho a certeza, tão vermelha. famílias inteiras, velhos e novos, todos juntos, ou com o símbolo ao peito ou com o vermelho ao pescoço. pouco se gritou pelo braga, mas a festa só começaria em duas horas e meia.
à chegada a leiria, uma fila interminável de camionetas que não sabiam nem onde nem como estacionar. eram demais e, apesar de o estádio ter trinta mil lugares, vê-se bem que a cidade não está habituada a tal coisa: os leirienses passavam admirados, os polícias nitidamente desorientados. à falta de uma hora e pico para o jogo, os milhares de adeptos do braga espalharam-se à volta do estádio e pelos poucos cafés que existem nas redondezas; a meia-hora do jogo, num café a quatrocentos metros do estádio, tinha já acabado o stock de super bock, super bock mini e de finos; mais um indicador de que ninguém esperava uma onda assim.
e esta onda vermelha, que poucos conhecem porque os media costumam referir apenas a onda encarnada, ocupou toda a curva sul e ainda parte da bancada central. vale ao leiria as cadeiras coloridas que ajudavam a disfarçar o vazio das bancadas destinadas aos adeptos da casa. pouco adiantou, porque as cadeiras não fazem barulho e a única vez em que se ouviram foi no golo do leiria e, mesmo aí, foram imediatamente abafados pelos adeptos do braga.
o braga jogou mal, mas soube dar a volta ao jogo e, no dia em que meyong e renteria voltaram a jogar juntos de início, ambos fizeram um golo. e isso bastou. o espectáculo fez-se na bancada com noventa minutos de cânticos de incentivo ao braga. eram mais de cem, eram mais de mil, muitos muitos mais e a festa durou para lá dos noventa minutos. jogadores e adeptos do braga juntos num final de jogo tsunami-vermelho.
pena foi que a festa tenha sido manchada pela incompetência da polícia que não se coibiu de agredir indiscriminadamente os adeptos do braga que, apesar de serem pacíficos e estarem apenas a festejar a importante vitória, foram agredidos à bastonada e atingidos com gás pimenta. curiosamente, o mesmo não acontece às claques rivais que, quando vêm ao axa atiram cadeiras, bolas de matraquilhos e golf, cospem e atiram até torneiras (!) na direcção dos sócios bracarenses. pelos vistos, para a polícia, é mais importante impedir os festejos do que os confrontos entre rivais; daí fazer sentido o que ouvi de alguns braguistas ontem: a polícia é muitas vezes um "força de desordem".
no regresso, a satisfação com a enorme demonstração da força do clube e adeptos e, claro, com os três pontos que permitem continuar a sonhar.
prometo que a série está quase quase a chegar ao fim. não sei se depois disto comece a dedicar uma semana a um país diferente, sempre era desculpa para não deixar morrer o vad; logo se vê.
hoje é uma voz mesmo mesmo bonita: an perlié canta sorry.
depois de quatro sugestões a puxar para o róque, fica uma pequena homenagem a uma banda que se estreou em grande no ano passado com o álbum homónimo. os isbells soam a espaços a bonnie "prince" billy e bon iver e esta música foi o primeiro single do álbum.
dispensavam-se bem os falsetes do vocalista, mas os the blackbox revelation são bem mais que isso. são apenas dois, mas a música parece de uma banda de quatro ou cinco e, mais não fosse, mereciam nota positiva pelo uso da cowbell. deixo-vos a minha música preferida deles, mas convido-vos a ver também o videoclip de uma outra música por ter sido gravado no gigantesco túnel subaquático que une as duas margens de antuérpia.
hoje, para além da música, destaco também o video. os absynthe minded são uma banda de gent e o mais recente videoclip é rodado pelas ruas da cidade. a música não é má, mas o video é a estrela incontestável da dupla. quem alinha num passeio de bicicleta?
há álbuns que cansam porque as músicas parecem todas iguais, bandas que cansam porque os álbuns parecem todos iguais. daan é o contrário disso e, se cansa, é porque não pára de mudar. esta icon faz lembrar johnny cash e é a minha música preferida dele. se gostam de shuffle, talvez o álbum seja a vossa cara.
detesto viajar, especialmente sozinho. se for sozinho de comboio, camioneta ou avião, o mais provável é que alguém se sente ao meu lado e obrigue a uma intimidade silenciosa perfeitamente dispensável. o silêncio, uma das mais belas capacidade humanas desperdiçada com um perfeito desconhecido; isto, claro, torna-se especialmente desconfortável quando a companhia não tem perfeita noção espacial e desborda para o espaço dos outros.
por essa razão, procuro sempre os lugares da janela; não tanto pela paisagem, mas pela possibilidade de fugir dos vizinhos de viagem ao esborrachar-me contra a janela. o lugar da janela tem ainda a vantagem de permitir pousar os olhos em lado nenhum sem que o caminho até esse ponto se cruze com outra pessoa, facto que elimina toda e qualquer virtude que o espaço extra do lugar do corredor possa ter.
mas tudo isto para dizer que, a caminho para a bélgica, em vez das paisagens, eram as vantagens e desvantagens do teletransporte que me ocupavam o cérebro. carro, comboio, metro, avião e carro de novo. entre cada um, espera sentado, espera de pé, espera encostado a uma parede. no total, umas sete horas de suspiros de desespero: "pf!, nunca mais chego!"; não era tão melhor se o tempo que perdemos a caminho pudesse ser desperdiçado numa esplanada flamenga com uma blonde leffe?
inicio hoje uma pequena viagem pela música que faz pela terra dos dEUS.
admiral freebee foi a primeira coisa que ouvi na recente visita à bélgica e este álbum, editado já este ano, foi banda sonora do caminho entre charleroi e gent. não é a minha música preferida do álbum, mas porque não é fácil encontrar músicas do novo álbum por aí, recomendo que a ouçam e, caso gostem, saquem o álbum completo e depois comprem na internet.
24 horas depois, já de cabeça fria, alguns comentários sobre o scbraga-vsc de ontem.
a exibição do árbitro foi, de facto, bastante má e o jogo acabou por tornar-se numa anedota. ao contrário do que dizem muitos por aí, ainda assim, parece óbvio que nenhuma das equipas saiu beneficiada com a incompetência de soares dias.
o lance do "penalty-que-afinal-não-foi" é ridículo e, apesar de a decisão ter sido emendada, acabou por desconcentrar a equipa arsenalista e, especialmente, o capitão e líder da defesa, moisés.
no lance do primeiro golo do guimarães parece incrível como é que o árbitro, virado para o jogador do guimarães, não o vê dominar a bola com o braço. não compreendo também como é que, mesmo com imagens pouco esclarecedoras (segundo os media) todos digam que o toque foi com o ombro; estaria o jogador vimaranense a jogar com o ombro deslocado?
o primeiro penalty a favor do braga parece-me óbvio. bola no cotovelo do jogador vitoriano que, ao contrário do que dizem alguns, não tinha o braço em posição normal e desviou a bola da trajectória; falta dentro da área é penalty, dizem as regras.
o lance do segundo penalty pode ser visto de duas formas e ambas são penalty: se a falta começa fora da área mas se arrasta até dentro da área é penalty porque a falta marca-se sempre no local em que ela termina; se avaliarmos a falta em dois momentos (há um primeiro puxão a que renteria resiste e volta a ser puxado e derrubado já dentro da grande área), deve entender-se como lei da vantagem no primeiro momento e falta para penalty no segundo.
o lance do penalty do guimarães é falta óbvia e foi simples parvoíce do rodriguez, talvez causada pela desconcentração do aproximar do final do jogo. falta indiscutível e irresponsável, nada a apontar. engraçado apenas o facto de o rodriguez ter sido expulso por acumulação de um amarelo.
o terceiro penalty do braga sim, parece-me mais discutível, ainda que hajam imagens que sugerem que um jogador do guimarães puxa a camisola ao renteria. não seria certamente a força necessária para o derrubar, mas já vimos simulações bem mais ridículas (há quem lhes chame di magia, imagine-se!).
finalmente, falta só referir um penalty que fica por marcar a favor do braga que quase ninguém refere. de notar, ainda assim, que jorge coroado aponta-o no tribunal da arbitragem num dos três desportivos de hoje.
resumindo: jogo surreal mas que deu a vitória à equipa que mais quis vencer o jogo. o braga jogou mal, mas ganhou bem, apesar de o jogo ter sido, certamente, um dos mais estranhos da história do futebol.
na semana passada, os suede voltaram a reunir-se para três concertos. tinham terminado no outono de 2003, depois de uma passagem pelo sudoeste, e, desde aí, brett anderson só me deu desilusões; primeiro com os the tears, depois a solo, esteve sempre muito muito fraquinho e conseguiu até estragar músicas que antes de editadas pareciam das mais bonitas músicas jamais escritas; uma música, vá, a love is dead.
hoje de manhã, porém, ao ler as críticas aos concertos no nme desta semana, voltei a sentir as cócegas que os suede me provocavam na adolescência. deixo-vos alguns pedaços da crónica de luke turner na versão original e um video do concerto no royal albert hall. o resto pode ser visto aqui.
"suede were the first group to be proclaimed the best new band in britain and whacked on to the cover of a weekly music newspaper without ever released a note"
"the gang - suede were always a gang - are back"
"heroine and so young are still anthems for dreamers, pantomime horse and the asphalt world strung-out tales of drugged love in the big city"
"suede had never sounded this brutal, so determined; the best british punk, rock'n'roll, sex-pop-glam-band of the past 20 years"
"many of the diehards present proclaiming this to be the best suede gig they've ever seen"
"suede will never lead beery singalongs at glastonbury. they'll never have hubristic documentaries made about their reformation. this certainly isn't for the money. it's more personal than that because, for suede, we're all part of the gang too."
"suede were and are for misfits and lovers, obsessives and fuckers. suede were and are romantic, preposterous, glamorous, decadent, political, arrogant and brash; everything a band sould be, and so few are: just trash, you and me, the lovers on the street"