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sábado, 29 de agosto de 2009

as eleições autárquicas, parte um

aqui.


escrito por joão martinho | | comentar




dead combo #1

poderia ter sido outro "ainda não é desta", mas não: vi ontem, pela primeira vez, os dead combo ao vivo. os dead combo são uma das minhas bandas portuguesas preferidas e há alguns anos que esperava vê-los ao vivo, mas, por boas e más razões, por confusões de horários e datas, nunca os tinha visto. ontem, portanto, a ansiedade era grande e, felizmente, os dead combo não desiludiram. apesar de substancialmente mais eléctricos que nos álbuns - o contra-baixo só apareceu em três ou quatro músicas -, o concerto foi muito bom e, apesar de ensanduichado entre foge foge bandido e deolinda, acabou por ser de longe o melhor concerto da noite (claro que eu não simpatizo nem com foge foge bandido nem com deolinda, portanto os fãs de uns e outros não precisam de ficar demasiado ofendidos com esta apreciação).


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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

elegia

conhecera aquela estória ao ler um livro antigo de lendas beirãs. o livro, roído de pó em ameaça de desfazer-se em cinza amarelecida, era ainda do tempo em que os "éfes" ainda não tinham sido inventados; do tempo em que as estórias eram história e que a história escrevia estórias.

não sei se de não acreditar nela, de a achar pouco verosímil, não me voltei a lembrar dela. hoje, porém, enquanto descansava entre as duas torres do castelo, senti-a entrar em mim como a lenda ameaçava.

a lenda é uma estória de amor à distância de trinta metros; ele na torre sul do castelo, ela na torre norte. nunca se tocaram e apaixonaram-se só de olhar um para o outro, talvez pela cumplicidade do mesmo destino: o de ficarem presos numa das torres do castelo. diz a lenda que primeiro se amaram com os olhos, depois com palavras tímidas, depois com gritos de desespero, depois com gestos.

não dormiam nas noites de lua cheia e subiam a uma ameia da torre, fingindo - ou treinando - um passo de amor mortal, quando ninguém os via. um dia, há hora em que o sol repousava equidistante de ambas as torres, decidiram saltar na tentativa de um abraço. não fosse assim, provavelmente morreriam ao longe, apesar de tão perto. foi assim e morreram juntos, apesar de o que sentiam do tamanho de uma vida inteira ter durado apenas alguns segundos.

diz a lenda que nenhum deles sangrou e que a única prova do que acontecera era a sombra do abraço; diz a lenda que tinham perdido todo o sangue nas feridas de estarem longe e a única coisa que lhes sobrava era a urgência de um amor a dois; dizia-me hoje um senhor que ainda se lembra de quando as sombras dos amantes se encontravam na mesma queda, em todos os aniversários daquele encontro; dia 26 de agosto.


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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

como estás?

se eu não soubesse se estava ou não feliz, provavelmente tentaria decifrar o "estado de alma" através do que escrevo, do que faço ou do que ouço. desenharia uma grelha de análise de conteúdo e, conforme escrevesse, fizesse ou ouvisse alguma coisa, assinalava na categoria ou sub-categoria correspondente. podiam ser "feliz", "triste", "deprimido", "eufórico", "apático", "melancólico"; podiam ser inúmeras, talvez não coubessem sequer na grelha; pior, talvez não servissem para nada e, nesse caso, seria apenas desperdício de uma folha de papel.

provavelmente, se estivesse deprimido, não escreveria estas parvoíces e este post até poderia indiciar o fim de uma depressão: despejei tudo o que me deixava triste e sobraram umas dezenas de palavras, que tento agora articular sem ponderar nem nos significados nem nos significados.

e a pontuação? talvez dissessem alguma coisa as vírgulas excessivas, a ausência de vírgulas ou as vírgulas perdidas. talvez pudesse olhar ao tamanho dos períodos ou ao número de parágrafos. podia fazer uma lista das vogais e consoantes mais utilizadas no post, talvez ela me dissesse alguma coisa; um código emocional.

tivesse eu pachorra, continuava este post e talvez até chegasse a alguma conclusão. mas, como aqueles cromos do bollycao: "tou sem pachorra".


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domingo, 23 de agosto de 2009

.9

se algum dia escreverem a nossa história, talvez pintem de azul-céu a cor dos nossos dias. dirão que te roubei porque te queria refém nas noites em que os teus olhos brilham como céu estrelado, nos dias em que deles chovem lágrimas, nos sonhos em que prometíamos que não acordaríamos nunca para ficarmos juntos para sempre.

se algum dia escreverem a nossa história, talvez não saibam explicar porque razão o nosso final não foi um final feliz; talvez não saibam dizer que afinal não acreditavas em estórias de amor, que não acreditavas que o tempo dos nossos dias corria ao ritmo do assobio do vento, que não acreditavas que ele chegava a esquecer-se de contar na vertigem dos teus suspiros.


escrito por joão martinho | | comentar




sábado, 22 de agosto de 2009

wilco #7

há dias tristes e há música. há dias tristes com músicas tristes, dias felizes com músicas felizes, dias felizes com músicas tristes, dias tristes sem música e dias felizes sem música. há quem goste de música, quem não goste e há algumas pessoas que não gostam nem desgostam, até se esquecem de ouvir.

há uns dias, um par de dias tristes arrancaram a belíssima "how to fight loneliness" ao silêncio. andei com ela na minha língua enrolada de assobio e, apesar de ainda não ter decifrado se a música é triste ou feliz, lá fui obedecendo e comecei a sorrir o tempo todo. foi uma moca de anti-depressivo natural que tenho muito prazer em partilhar convosco. afinal, como me disseram há uns dias: "agosto é só um mês muito quente".



how to fight loneliness
smile all the time
shine your teeth to meaningless
and sharpen them with lies

and whatever is going down
will you follow around
that's how you fight loneliness

you laugh at every joke
drag your blanket blindly
fill your heart with smoke

and the first thing that you want
will be the last thing you'll ever need
that's how you fight it

just smile all the time
just smile all the time
just smile all the time
just smile all the time


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aviso à navegação

a série de frases que escrevia há cerca de dois meses não será continuada e este blogue voltará a ser o que sempre foi: um blogue do caraças e sem pretensiosos aforismos-poéticos.

obrigado pela paciência e por não terem desistido de visitar.


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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

e as nuvens de chuva que soprávamos por entre as folhas da nogueira que nos abrigava.

304


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

delicioso o vagar com que o tempo se enrola de olhos fechados nos teus lábios.

305


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

a numerologia política

aqui.


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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

nos dias em que adormeço mais esgotado que triste, tento lembrar-me de que ainda nos restam "talvez" ou "quem sabe"; ainda nos restam dias bonitos.

311


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

cruzaste as pernas e esperaste: um dia, essa dor no peito haveria de passar.

312


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terça-feira, 11 de agosto de 2009

desaparecias em noites de fosca tranquilidade e deixavas-me só no sonho que projectámos.

313


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eles dizem #10

ela soltou as mãos, e pôs-mas no rosto: - mas eu não sei o que quero - e vi-lhe os olhos perlarem-se-lhe de lágrimas.

jorge de sena, sinais de fogo.


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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

renovaste as cores que te pintavam o coração, como se tentasses apagar as marcas que nele deixei.

314


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domingo, 9 de agosto de 2009

nos dias em que a luz nos cegava e nós fingíamos escorregar sobre os lábios um do outro.

315


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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

mas pudesse eu mandar no tempo, esperava por ti no teu aniversário, cronometrava o meu coração com o teu e ficávamos assim para sempre.

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há dias que se cansam quando se perdem no tempo, porque o tempo não pára para os procurar. #2

entre eles, passeiam-se também os nossos dias, que se perdem uns dos outros e constroem um passado tantas vezes incoerente. são os dias que vão e voltam, enquanto procuram o lugar que o tempo lhes roubou. são todos os dias de que nos lembrámos tristes e desorientam-nos em espiral, num enleio de nós cegos na muralha de medos que a nossa cegueira projecta.


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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

talvez andemos desencontrados do tempo, porque nenhum presente sabe como sabia o futuro no passado. talvez pensemos demais, quando devíamos sonhar.

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há dias que se cansam quando se perdem no tempo, porque o tempo não pára para os procurar.

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

abraçaste-me em cor-papoila e desmaiei numa vertigem câmara lenta, enebriado pela dança do teu delicado perfume.

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

eras estátua e a tua face sorria tristeza, mas eu pensava sempre que escondias a felicidade nas tuas mãos fechadas para que não me roubassem de ti.

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

como nos sonhos em que tu eras do tamanho do mundo e os meus beijos eram cócegas na palma da tua mão.

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domingo, 2 de agosto de 2009

se as grades da prisão em que morremos fossem ondas de rádio, ouvir-me-ias num convite para dançares comigo até o amor acabar.

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