encontrou-a na rua e fugiu; sentou-se, abraçando as pernas, num banco logo depois da esquina à esquerda; roeu as unhas e chegou à conclusão de que estava era a ser parvo. levantou-se decidido, tirou o lenço do bolso das calças amarrotadas e guardou-o, bem dobradinho, no bolso do casaco. ao chegar junto dela, desdobrou cuidadosamente o lento e cobriu-a, como se o lenço chegasse para limpar todas as lágrimas que já estavam há muito secas. pegou nela com cuidado e levou-a para casa. enterrou-a no quintal, junto à macieira que plantara no dia anterior. que sim, meia dúzia de anos mais tarde deu frutos. o amor também é isso.
escrito por by joão martinho Email post
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