de relógio na mão, tentei provar que o tempo passa mais rápido de olhos fechados. no início da experiência os tique-taques duravam tanto como de olhos abertos, mas de repente - aí pelo segundo quadragésimo terceiro - pareceu-me que os tiques se começavam a colar aos taques e quando dei por mim já tinha perdido a conta ao tempo, deitado no ponteiro dos segundos e ele, às voltas nas horas, parecia apostado em atirar-me ao chão.
há sonhos, pesadelos, não-sonhos e sonos tão pesados que parecem colar-nos as pálpebras. eu nunca fui grande sonhador e sempre evitei os filmes de terror para não ter pesadelos. até hoje pensava que simplesmente não sonhava a dormir porque já passava tempo demais a sonhar acordado, mas hoje o despertador não tocou e fui despedido por chegar tarde ao trabalho.
hoje era um bom dia para andar numa montanha russa e atirar ovos da roda gigante.
escrito por by joão martinho Email post
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