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é um dia que passa e não se faz notar. foi outro dia assim, mais ou menos igual aos que também por cá têm passado. e ninguém repara; ninguém diz nada. nem o vento, que voa entre as ruas estreitas: diz que vai com pressa. leva consigo o cheiro a sangue e vai para longe. corre para lá de rios, montanhas e prédios altos, à procura de uma janela entreaberta. para entrar naquele quarto em que a luz nunca se apaga. e à chegada, uma alma que não dorme e espera. e desespera. e sonhos escritos espalhados pelo chão, em papéis rasurados, rasgados e amarrotados. e lágrimas que não caem ao chão nem caem do céu; lágrimas que morrem à nascença, de raiva, na palma da mão. riscos na parede e palavras de depressão; gritos esquizofrénicos e temporais a conta-gotas. e, no entanto, foi apenas mais um dia que passou e não se fez notar.
é um dia que passa e não se faz notar. foi outro dia assim, mais ou menos igual aos que também por cá têm passado. e ninguém repara; ninguém diz nada. nem o vento, que voa entre as ruas estreitas: diz que vai com pressa. leva consigo o cheiro a sangue e vai para longe. corre para lá de rios, montanhas e prédios altos, à procura de uma janela entreaberta. para entrar naquele quarto em que a luz nunca se apaga. e à chegada, uma alma que não dorme e espera. e desespera. e sonhos escritos espalhados pelo chão, em papéis rasurados, rasgados e amarrotados. e lágrimas que não caem ao chão nem caem do céu; lágrimas que morrem à nascença, de raiva, na palma da mão. riscos na parede e palavras de depressão; gritos esquizofrénicos e temporais a conta-gotas. e, no entanto, foi apenas mais um dia que passou e não se fez notar.
escrito por by joão martinho Email post
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