<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d4197132226586187837\x26blogName\x3dvad\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://voandoaderiva.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://voandoaderiva.blogspot.com/\x26vt\x3d-2300185652809804497', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
+












terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

posts do antigamente #43

num dia de chuva, um sonho
Harry e Bridget conheceram-se num dia de chuva. Caminhavam em sentido contrário, numa recta com cerca de 300 metros; eram os únicos. Harry tinha um guarda-chuva azul grande, Bridget tinha nada que a protegesse da chuva, que caía com muita intensidade. Quando se cruzaram, o olhar tímido de Bridget encantou Harry, que, dando meia-volta, abrigou Bridget e disse: “Olá! Chamo-me Harry. Pensei que podíamos tomar um café.”. Bridget, corando, sorriu e aceitou o convite.

Harry levou-a ao seu café favorito. Por causa disso, ainda se molharam bastante – o café ficava a 10 minutos do local onde se conheceram. Mas valeu a pena. O chocolate quente é o melhor da cidade. E as cores vivas das paredes, os quadros inspirados em Dalí, as almofadas e as mesas baixinhas faziam esquecer o desconforto de estarem completamente encharcados.
A conversa fluiu de um forma espantosa. Bridget esquecera a timidez e comandava agora o rumo da conversa. Harry esboçava apenas um sorriso derretido.

Bridget contou a Harry tudo sobre a sua paixão por antropologia. Sobre o sonho da investigação; da descoberta da liberdade e da felicidade, que acreditava existir lá longe, num lugar onde a civilização é mais pura. Citava frequentemente escritores intemporais, nos quais baseava os seus sonhos e crenças. Harry, estudante de Biologia, imaginava-se no mar. Queria ser biólogo marinho. Do alto da sua lógica científica, as ideias empíricas de Bridget, soavam-lhe a delírios. Por outro lado, não conseguia esconder o fascínio que sentia ao ouvir alguém que o encantava, a motivá-lo para descobrir o sonho.

Harry estava já apaixonado. Ouvia Bridget como se esta falasse a cantar Isobel Campbell. Tinham passado várias horas. Bridget pediu-lhe que fosse pedir um pouco mais de chá verde de laranja. Quando voltou, não havia sinal de Bridget, apenas um papel dobrado em quatro. Ansiosamente, Harry desdobrou-o e, imóvel, leu e releu incessantemente as palavras rabiscadas à pressa. Dizia: “Esperar-te-ei para sempre no meu sonho, enquanto ele também for teu”.

O chá, esse, jazia já no chão. Harry tinha-o deixado cair e estava perfeitamente paralisado por causa do choque. Quando recuperou a animosidade, apressou-se a pagar e saiu. Lembrava-se de Bridget lhe ter dito que adorava andar de comboio, por isso correu para a estação de caminhos de ferro. Enquanto isso, a chuva não abrandava. Pelo contrário, a cada passo de Harry ela parecia aumentar de intensidade.

Ao chegar lá, avistou Bridget, sentada num banco verde. Disse-lhe que a amava, que queria ir com ela para onde ela fosse, que queria ser também livre; feliz. Bridget sorriu. Levantou-se e convidou Harry a segui-la. Disse-lhe, enquanto caminhava: “Procuras tu a liberdade que há pouco desprezavas e a felicidade que pensavas conhecer. Dizias que era irracional, mas seguiste-me. Pois bem, a liberdade e a felicidade esperam-te. Fizeste o necessário para a merecer; seguiste o teu sonho – ainda que inconscientemente. Eu não sou mais do que um sonho teu, e o meu sonho foste tu que o sonhaste”. Sorriu como da primeira vez e desapareceu por entre o nevoeiro.


escrito por by joão martinho Email post



Remember Me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.


« Home | o meu woody allen preferido » //-->





Post a comment :