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domingo, 8 de fevereiro de 2009

posts do antigamente #41

mais nada para além do adeus
As bolas de sabão nunca morrem; desaparecem – dizia Alison a todas pessoas com quem falava. Ninguém acreditava nela. Alguns riam-se; outros ignoravam. Julgavam tratar-se apenas de fantasias próprias de uma criança de cinco anos.

Alison vivia numa aldeia de quarenta e sete habitantes. Era a única criança da aldeia e não tinha mais com quem brincar, além do cão da avó. Nunca tinha ido para infantários, e preparava-se para ir pela primeira vez à escola, na aldeia vizinha.

Um dia, no Verão, a avó levou-a à cidade mais próxima – onde costumava comprar os pães de leite, com que Alison se deliciava. Entre tudo o que viu, o que Alison mais gostou, foram os palhaços, que faziam balões com formas de flores e bolas de sabão do tamanho da lua. Ficou tão fascinada que a avó dela lhe comprou tudo o que precisava para as fazer. A partir daí, Alison todos os dias enchia uma bacia com sabão líquido e água, molhava o aro e fantasiava sobre as bolas de sabão que criava. Era incapaz de acreditar que algo tão belo pudesse morrer. Dizia que as coisas bonitas não morrem, vão para um lugar onde todas as coisas bonitas estão.

Alison acreditava que as bolas de sabão renasciam na alma, junto de todos aqueles de quem gostamos; junto do coração. Acreditava que, quando adormecêssemos para sempre, iríamos para a alma – um lugar onde só existem as coisas que nós gostamos; onde não há nada mau.

Acreditava que em vez de usar carros ou bicicletas, as pessoas usariam as bolas de sabão como meio de transporte. Acreditava que a alma de cada um, é o paraíso individual. Acreditava que, quando as coisas e pessoas das quais gostávamos mais, desapareciam, era porque elas estavam a preparar o nosso renascimento.

O paraíso de Alison era uma extensa planície coberta de flores de todas as cores, onde a alegria não necessitava da tristeza para existir. Desenhava-se junto dos pais; envolta numa bola de sabão ou deitada a olhar o céu. O paraíso de Alison era um lugar onde o sol e a lua tinham boca e nariz; onde as casas eram feitas de balões coloridos; os doces nasciam das árvores e as estrelas eram sorrisos.

Alison foi esquecendo todo esse sonho à medida que foi crescendo, que conheceu outros meninos e se tornou mulher. As bolas de sabão, essas, ficaram escondidas num qualquer canto das suas vagas recordações. Esqueceu-se de que a felicidade não é mais do que um saco cheio de sonhos. Não mais se lembrou de que a beleza não morre; desaparece.


escrito por by joão martinho Email post



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