au revoir de um filme francês e uma gabardina com bolsos onde cabem as minhas mãos e as tuas. ao sair de casa levantaria as golas, para que o cheiro do teu cabelo no meu ombro me beijasse o pescoço, enquanto o vento tentava roubar-me o chapéu só para que tivesse frio de me teres cortado o cabelo. braga podia ser castanha ou vermelha e cinzenta e verde do musgo nos muros da igreja junto à nossa casa. podíamos ir ao alentejo de vez em quando, mas bem sabes que o outono faz mais sentido a pintar braga do que pintado de alentejo. podia ser o outono que tu quisesses, desde que eu também soubesse desenhar quando te descobrisse distraída. e se eu soubesse desenhar, queria tanto um outono cliché de pisar folhas secas no fumo branco das castanhas assadas como um outono da cor dos teus lábios e do tamanho dos teus olhos, onde ficaria para sempre, se me dissesses que o nosso outono não acabaria nunca.
escrito por by joão martinho
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Como sempre encantador. Já te havia dito, mas digo de novo, escreves de uma forma tão simples, como quem não pensa que esta a escrever... podias estar somente a pensar. Presenteias-nos como pérolas como "queria tanto um outono cliché de pisar folhas secas no fumo branco das castanhas assadas como um outono da cor dos teus lábios e do tamanho dos teus olhos" ... Lindo como sempre compadre! Dá sempre vontade de ler mais e de saber mais desses teus personagens.
Um abraço, comadre
~Oo°~
vou ter de "desrasurar" o vad da minha lista de ligações.
estamos em 11º na liga vizinha ;-)
Posted by mr pavement #
~Oo°~
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