<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d4197132226586187837\x26blogName\x3dvad\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://voandoaderiva.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://voandoaderiva.blogspot.com/\x26vt\x3d-2300185652809804497', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
+












quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

.20

talvez não acreditassem no amor que se escreve por aí. perdiam-se, de olhos fechados, nos sonhos em que fugiam de mãos dadas. ele soprava no rosto dela e perguntava-lhe se sentia o frio gelar-lhe a cara: "chegamos, querida. dizia ali patagónia"; ela abraçava-o com força, embrulhava-se no cachecol dele e dizia-lhe: "tenho tanto frio". arrastava-o pela mão, corria até um sonho de mar, soprava no rosto dele e perguntava-lhe se sabia a maresia: "molhamos só os pés, anda"; ele apertava-lhe a mão com força, puxava-a contra si e sussurrava ansioso: "mas eu não gosto do mar". e de manhã, ainda deitados, escreviam e pintavam em verso o único receio que partilhavam: as manhãs de cama vazia.

não escreviam nem pintavam o amor em que se acredita por aí, talvez não soubessem a que sabe esse amor que todos vão encontrando por aí: as saudades não eram cócegas de borboletas na barriga, eram golpes a rasgar o estômago; os reencontros não eram a urgência nas corridas em câmara lenta, eram o cicio borbulhar do álcool ao queimar as feridas. um dia, quando ela lhe disse que já não acreditava no amor ele, em súbita asfixia vocabular, não soube sequer dizer-lhe adeus. de mãos nos bolsos, afastou-se enquanto mordia nos lábios a certeza de que esta história tinha sido escrita para adormecer nas palavras.



_____
este post termina a série iniciada no post .16. o conjunto dos posts pode ser lido aqui.


escrito por by joão martinho Email post



Remember Me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.


« Home | benjamin biolay » //-->





:(

Posted by Blogger Joana #  

~Oo°~

Bello:)

Posted by Blogger Cidália #  

~Oo°~

Post a comment :