o alentejo está presente no imaginário de minhotos e transmontanos como paradigma da beleza serena. talvez pela saturação da paisagem verde-húmida, o amarelo vagarosamente torrado dos postais alentejanos embala os sentidos e, num fechar de olhos, conseguimos sentir o sol, o presunto, o pão, o queijo, o vinho; conseguimos sentir em cada um deles o calor que tantas vezes nos falta, nos dias intermináveis de chuva torrencial.
talvez cada minhoto e cada transmontano tenha no seu imaginário um postal alentejano diferente. o meu é sempre o mesmo: um sobreiro só no topo de uma pequena colina, onde as folhas se abrem numa sombra que parece sombra de nuvem; uma toalha vermelha e branca, uma toalha dos piqueniques das estórias de amor de antigamente; o presunto, o pão, o queijo e o vinho; um dia que cresce e se estica para sempre, um atardecer que se tarda no derreter lento do tempo.
escrito por by joão martinho Email post
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Onde é que eu assino?
É a mesma visão dessa terra a que todos temos no nosso imaginário. Imaginado e vivenciado acabam por se tocar quando vagarosamente se passeia por essas belas planícies. Procuramos ver nelas o lado bucólico do postal que temos na nossa cabeça.
O Alentejo tem essa capacidade de nos fazer (re)inventar o nosso imaginário...
Gostei!
Voltarei mais vezes =)
~Oo°~
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